A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente no cotidiano dos brasileiros. Desde os assistentes virtuais até sistemas que filtram currículos e automatizam decisões nas empresas, a IA vem sendo usada em diversas áreas. No entanto, o uso excessivo e muitas vezes descontrolado dessa tecnologia levanta preocupações éticas, sociais e econômicas.
Segundo especialistas, a popularização da IA no Brasil não tem sido acompanhada por políticas públicas claras, nem por uma regulamentação eficiente. Isso significa que muitas decisões estão sendo automatizadas sem o devido cuidado com a privacidade, a transparência e a responsabilidade. Além disso, o uso massivo dessas tecnologias pode aumentar a desigualdade social, principalmente quando substitui empregos humanos sem garantir a requalificação profissional da população afetada.
Outro ponto de destaque é a dependência cada vez maior de ferramentas de IA estrangeiras. A falta de investimento nacional em pesquisa e desenvolvimento nessa área faz com que o Brasil se torne um país consumidor de tecnologia, sem protagonismo na sua criação. Essa dependência pode comprometer a soberania tecnológica do país a longo prazo.
Por fim, é necessário refletir sobre o uso consciente da IA no Brasil. A tecnologia deve ser uma aliada no desenvolvimento do país, mas sempre com limites éticos, inclusão social e responsabilidade coletiva. O debate sobre o uso exacerbado da inteligência artificial deve envolver todos: governo, empresas, educadores e a sociedade em geral.
Referência:
DUARTE, L. M. Ética e inteligência artificial: desafios no Brasil contemporâneo. Revista Brasileira de Tecnologia e Sociedade, Curitiba, v. 17, n. 3, p. 45–59, 2023.
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